Tudo tem um sentido?

Na terapia psicanalítica partimos de algo muito potente: tudo o que se manifesta em nós tem um sentido.

Essa não é apenas uma ideia bonita ou abstrata — é algo que se vive e que se percebe cotidianamente no encontro entre analista e paciente.

Trabalhamos a partir da escuta do que é dito... e também do que é silenciado. De tudo aquilo que um dia pareceu não ter importância alguma e aquilo que nos é muito valioso.

A clínica se constrói como um espaço de investigação, onde cada gesto, cada palavra, cada sintoma, cada esquecimento pode revelar algo sobre a história singular de quem fala.

Não se trata oferecer respostas prontas, rápidas, de interpretações imediatas.

O que se busca é criar um espaço onde cada pessoa possa, pouco a pouco, reconhecer seus próprios movimentos, desejos e conflitos.

É um trabalho de paciência e presença. Um trabalho em que buscar sentido é também dar sentido à própria existência — atravessando o que, à primeira vista, parecia incompreensível ou ''uma bobagem''. Porque nada é por acaso. E cada encontro clínico é também um encontro com aquilo que, dentro de nós, pede para ser escutado.